Esses dogmas e pragmatismos,
São só paradoxos do nosso realismo.
Talvez venham das confusões mentais,
Misturadas às ações tão cordiais.
Desequilíbrio e eloquência,
Das falhas como ser humano.
Sem entender as consequências,
Das vontades de um ser profano.
Tanta loucura nesse mundo que gira,
Que já não sei mais em que pilha
Dessa pira eu pertenço.
Vivo aventuras e desventuras,
Nesse mundo louco e suas loucuras,
Que já não faço mais ideia,
Do quanto tudo isso é intenso.
É esse turbilhão de pensamentos,
Misturados com ansiedades.
Contidos em pensamentos,
De todo tipo de verdades.
Nessa vontade descontrolada,
De tudo querer controlar,
Só vejo tentativas frustradas
Daquilo que não se pode enxergar.
Um sentimento liquefeito,
Extraído dessas drogas.
Com seu limitado efeito,
Cabeça tonta e pernas tortas.
Querer mais e não poder,
Nos obriga a roubar.
Já não consigo perceber,
Tão pouco paro pra pensar.
Queremos o que não é nosso,
Para alimentar o ego.
De tudo aquilo que eu posso
Não posso ter tudo que quero.
Sei que isso é péssimo,
E também só mais um vício.
Pode ser até funesto,
Não sei se vale a pena o risco.
Mas quando o caos toma a mente,
Não há pessoa sã ou demente,
Que nisso para pra pensar.
Nessa louca insanidade
O que tentamos na verdade
Quase sempre é não se matar.
E assim manter a estrutura,
Cabeça firme e cara dura.
Pois viver é um desafio,
Enquanto ainda respirar.
É um jogo de loucura,
Que as vezes nessa amargura,
Não há quem possa te parar.
Vitória nessa vida é viver.
Mas sem querer desmerecer,
Você também perceberá.
Que algum dia nesse jogo,
Sua derrota chegará.
