É meia noite e meia,
De uma fria madrugada.
A noite é de lua cheia
E tudo eu vejo da sacada.
De uma fria madrugada.
A noite é de lua cheia
E tudo eu vejo da sacada.
Quando olho para rua,
Vejo um vulto a se esgueirar.
Se move sob a luz da lua
E pisa leve a flutuar.
Vejo um vulto a se esgueirar.
Se move sob a luz da lua
E pisa leve a flutuar.
Envolto por um manto negro
E em sua cabeça, um capuz.
Assim seu rosto eu não vejo,
Mas a mão pálida reluz.
E em sua cabeça, um capuz.
Assim seu rosto eu não vejo,
Mas a mão pálida reluz.
Segurando um punhal que brilha,
Tem paciência pra esperar.
Olhos vermelhos que faíscam,
Como sangue a derramar.
Tem paciência pra esperar.
Olhos vermelhos que faíscam,
Como sangue a derramar.
De repente eu sinto medo
E mal consigo respirar.
Algo estranho eu percebo,
Um vento frio pelo ar.
E mal consigo respirar.
Algo estranho eu percebo,
Um vento frio pelo ar.
Paralisado,
Não consigo me mexer.
Mesmo que eu queira,
Não há nada a se fazer.
Não consigo me mexer.
Mesmo que eu queira,
Não há nada a se fazer.
Outra pessoa vem andando
E o vulto sabe o seu lugar.
Parece até cotidiano,
Mais um trabalho a completar.
E o vulto sabe o seu lugar.
Parece até cotidiano,
Mais um trabalho a completar.
Se prepara pro momento,
O tempo certo de atacar.
Um golpe num só movimento
E o errante põe-se a desabar.
O tempo certo de atacar.
Um golpe num só movimento
E o errante põe-se a desabar.
Sangue e silêncio.
Mais uma vida chega ao fim.
Sua jornada e seu tempo,
Se finalizam por aqui.
Mais uma vida chega ao fim.
Sua jornada e seu tempo,
Se finalizam por aqui.
O vulto seu caminho segue,
Ele parece deslizar.
Pergunto-me, como ele consegue?
Sei que ele pode me escutar.
Ele parece deslizar.
Pergunto-me, como ele consegue?
Sei que ele pode me escutar.
Ele para de repente
E virando lentamente,
Olha em minha direção.
Olha em minha direção.
Sinto dentro da minha mente,
Loucura ou alucinação.
Ele ergue seu punhal
E aponta para mim.
E aponta para mim.
Com um gesto teatral,
Em sua garganta põe um fim,
Mas não há corte,
Não vejo sangue.
Então me acalmo,
Por um instante.
Não vejo um rosto,
Nem uma boca se mexer.
Devo estar louco,
Ouço uma voz então dizer:
- Não tenha medo,
Em sua garganta põe um fim,
Mas não há corte,
Não vejo sangue.
Então me acalmo,
Por um instante.
Não vejo um rosto,
Nem uma boca se mexer.
Devo estar louco,
Ouço uma voz então dizer:
- Não tenha medo,
Isso foi só para te lembrar.
- Não é segredo,
Que a sua hora também chegará.
- Não é segredo,
Que a sua hora também chegará.
- Não será hoje
E talvez possa demorar.
- Mas cedo ou tarde,
Eu voltarei pra te buscar.
E talvez possa demorar.
- Mas cedo ou tarde,
Eu voltarei pra te buscar.
- Está comigo,
A sua sorte.
A sua sorte.
- Prazer amigo...
- Meu nome é Morte.
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